segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fazia tempo que não falava sobre isso. Não queria. Achava que era melhor assim. Talvez com histórias um tanto quanto delicadas seja a coisa mais prudente. Queria acreditar nisso.

Mesmo assim, sem entender, numa tarde deu vontade de falar, de saber.
No começo era algo controlável.
- Não faz isso, nunca acaba bem.
Ta aí [pelo menos pra ela] um motivo plausível.

Mais um surto de curiosidade. Vontade. Não resistiu. Falou, quis perguntar e saber.
Incrível como nessas horas tudo[exatamente tudo] ajuda.

Acho que esse é um dos momentos em que você procura algo querendo encontrar absolutamente nada para ter um falso alívio, talvez.

Queria confirmar que aquilo tudo era parte de um passado que não precisa voltar. Mas, se era isso mesmo, por que quis falar? Por que quis saber ?
-Vai ver não é tão passado assim.

Por fim, achou. Não queria, mas achou.
Merda.
Margem para várias coisas, mistura de tudo.
Conclusão :
- Pra que, de novo isso ?

Simples, não chegaria a pensar nisso antes, porque queria de fato falar. E falou. Pronto. E essa conclusão só existiu porque encontrou o que não queria. Simples de novo. [ Na teoria. Sabe como é, na maior parte das vezes, a teoria é mais fácil e cheia de explicações que teimam em ser vistas como única verdade.]

Enfim, toda curiosidade tem seu preço. Agora aguenta.

2 comentários:

Bea Machado disse...

Muito bom o texto. E engraçado porque eu consigo ouvir você falando isso, ao mesmo tempo que eu me vejo fazendo isso.
E eu não posso nem falar "maldita curiosidade", porque de verdade, se não fosse por ela o mundo não seria o mesmo, e a gente mesmo não conheceria nem metade do que conhecemos.
O que torna a curiosidade do mal, digamos assim, e ela junto a malícia ou a expectativa. Como se procurássemos, por curiosidade, uma coisa que nós já sabemos o que é... Mas infelizmente, não a achamos...

Lorena Alves disse...

é a famosa curiosidade que mata o gato ... não adianta, as vezes mesmo sabendo que é melhor esquecer a curiosidade fala mais alto que o bom senso ... 'agora aguenta'